Aqui vai mais um causinho do nosso querido Cultão. Um fato normal
naqueles tempos era perder a caderneta escolar e tirar segunda via -- a primeira
servia para falsificarmos a idade e poder entrar no cinema (Ah, se pudéssemos
fazer o inverso hoje!). Em um determinado ano, meu amigo Mané teve a brilhante
idéia de mandar fazer um carimbo de “Compareceu”, para que pudéssemos
matar aula à vontade sem que sua mãe desconfiasse, pois a caderneta estava
preenchida com a presença todo dia. Eram tantos os clientes, que se formava
fila atrás do ginásio Alberto Krum para a carimbagem geral. Corria tudo muito
bem, até que o Mané perdeu a caderneta oficial. Como se não bastasse isso
para complicar, a pessoa que achou fez a gentileza de levar até sua casa e
entregou gentilmente à sua mãe, que agradeceu muito. Dona Marina, santa
mãezinha do Mané (ela vai para o céu, por agüentar o que ela agüentou), foi
até o colégio e conversou com dona Ruth, inspetora de alunos daquela época,
que ficou na cola dos passos do Mané e fatalmente acabou pegando todos com a
boca na botija. A partir daquele dia, o Mané ganhou um sombra dentro do
colégio. Dona Marina “pagava” para Dona Ruth ficar na cola do Nistinha e
Mané. Nistinha e Mané