Agora um trote, só que de professor... Era 1966, no final do segundo
semestre. Eu cursava o 3º Científico, que naquele ano havia aberto uma turma
pela manhã (experiência que não sei se foi repetida, depois do “mau
exemplo” que fomos para a criançada do ginásio). Fazia cursinho durante a
noite (MacPoli, de saudosa memória) e, já no final do semestre, havia começado
as viradas de estudo para o vestibular. Ou seja, para as manhãs no Culto à Ciência
sobrava muito sono. Aula de mestre Basílio, na sala de Química, última do
dia. Sentado em uma das primeiras carteiras, a química foi demais para meu
sono. Dormi sem perceber quando ou como. De repente, acordo com batidas
violentas na porta da sala. Para meu espanto, a sala estava vazia. Concluí que
havia dormido e que era a turma da tarde que batia na porta querendo entrar.
Sonolento, olhos de cursilhista (no bom sentido, é claro), lá fui eu abrir a
porta para os chatos da tarde. E... surpresa! Lá fora, liderados pelo velho Basílio,
todos da minha turma me esperavam às gargalhadas. Nina Leite