Eu não vou dizer aqui o nome desses dois “cultoacientes”, porque
eles talvez eles não gostem. Um deles, aliás, eu tenho certeza de que não
gostaria, mesmo estando morando há anos fora do Brasil. O primeiro estava com
uma hepatite brava. E com hepatite, naquela época, as pessoas ficavam dois
meses em repouso. Lembram-se disso? O segundo, lá por setembro, já sabia que
ia levar pau. Não tinha mais jeito. E o medo do pai? Fazer o quê? Teve uma
idéia brilhante: pegar hepatite. Eu, muito amigo do primeiro, cheguei um dia em
sua casa exatamente no momento em que os dois estavam fazendo uma “transfusão
de sangue”: haviam cortado cada um a ponta do dedo indicador e estavam
esfregando um dedo no outro. O segundo levou mesmo pau e não sei o que o pai
dele fez. Só sei que não conseguiu pegar a hepatite.
Guilherme Nucci