Bons tempos aqueles em que tivemos o privilégio de viver dentro do Culto à Ciência. Tempos mágicos que ficaram marcados para sempre em nossas vidas, em nossos corações e principalmente na nossa formação como homens e cidadãos. Tempo de alegria e saudades, saudades da turma inquieta e saudável que tinha a marca da transição, pois eram os anos da ditadura e para nós era proibido proibir. Saudades das manhãs frias de abril e maio, que apesar da temperatura baixa, sempre se enchiam de calor quando chegávamos no ”Cultão”. Saudades dos amigos inseparáveis, Roberto Zammataro, Álvaro Vilagellin e Emílio Kohn, cúmplices e parceiros que estavam sempre prontos para aprontar alguma. Saudades da dona Angelina, da dona Auzenda , da dona Celina Mesquita, do ‘seu’ Carpino, figura especial que conviveu conosco, do ‘seu’’ Calazans, do Sílvio “Pirulito”, do ‘seu’ Pedrinho, da dona Eclair, da dona Maria Helena, do ‘seu’ Basílio, da dona Maria Bonjour, do ‘seu’ Amaury Fratini, do professor Stucchi, do Marcondes, do Paulinho, da Gladys, da dona Amália, do ‘seu’ Alo, o da cantina, que fazia o melhor sanduíche de pão com mortadela acompanhado com sodinha Columbina. Saudades do famoso “Vamos circular!”, que o Marcondes ou o Paulinho sempre diziam quando chegavam perto da escada lateral, onde a turma se reunia no intervalo das 9h30 para fumar , às escondidas, o maço de Hollywood com filtro (novidade), que era comprado em sociedade. Lembra Zama, quando você trouxe aquele maço de 555, comprado no Café Regina? Que sucesso! Saudades das aulas de Educação Física do Professor Stucchi, que além de fazer bem para nosso corpo, fazia bem para as nossas vistas, pois era o momento de dividirmos a quadra do Alberto Krum com as alunas da dona Lúcia. Saudades do 7 de Setembro, das festas da Primavera, das festas juninas e suas boatinhas na sala de ping-pong do ginásio de esportes, ao som da famosa Sonata. Saudades dos campeonatos entre colégios, onde o Culto à Ciência era destaque em quase todas as modalidades. Saudades do bonde que, não sei porque, não conseguia subir a Avenida Barão de Itapura quando passávamos sabão nos trilhos... Saudades do ritual de destruir os cadernos na frete do colégio todo o fim de ano (isto é, quando passávamos para outra série). Saudades da turma toda: Betão, Luiz Marinho, Silvinha, Vera Góes, Cirlene Godoy, Ramasco, Elza Gomes, Jair, Sandra Oliveira, Sandrinha, Maria Inez, Paulinho, Joly, Enio do Abramides, do Meleko, do Coelho, do Zitti, e sei lá quantos outros que compartilharam desse incrível tempo. Eduardo Rega -- turma de 69