Para variar, como sempre, nos bons tempos do CULTÃO, estudávamos na turma da noite, e, sempre haviam os "espíritos de porco", sempre fui amigos de todos, mas não compartilhava certas brincadeiras, uma delas: as famigeradas "BOMBAS RELÓGIO" que o pessoal mais "animal" colocava nos banheiros de baixo. Em certa oportunidade, um grande amigo que tenho até hoje, um "tal" de Luchesi, preparou a malfadada "bombinha", e estávamos todos na cantina do "japonês" esperando-o, quando então lá surge o "bandido" todo sorridente aguardando o despertar do artefato. Porém, a "dita" não explodiu, e o espertalhão aqui resolveu por fim à brincadeira de mal gosto, indo até o banheiro, só que não fui o único a ter tal pensamento, outro colega, o "Boca", tomou a frente e lá se foi. Pronto, estava acabada a minha chance de tornar-me o " salvador do banheiro". Sorte minha, tão logo o "Boca" entrou no banheiro e a "bombinha de 1000" (assim conhecida pela potência) explodiu. Foi um corre corre danado, "William Punk", Marcão (Magoo), Paulo, Elizete, Carmem e outros, cada um para seu lado, quando eu, em "altíssima velocidade", em fuga, para não levar a fama, na escadaria, deparei-me frente a frente com ninguém menos que a "TERRÍVEL" Dna. Celeste (Profa. de matemática, aquela de lindos dentinhos de "Mônica" e que usava maravilhosos colares de bolas pretas, de odor um tanto quanto, digamos, difícil) (Meu DEUS !!!, onde será que ela anda, espero que esteja bem apesar de tudo que nos fez estudar, graças a ela, aprendi um pouquinho de....do que mesmo ela dava aula ??) ...brincadeira. De tal sorte, por ela fui encaminhado diretamente à presença da Diretora, que infelizmente, ou por sorte, não me lembro o nome, mas....... tomei um "sabão", pois me recusava a confessar a autoria do "atentado", e muito menos poderia "entregar" o colega ( o Boca).  Moral : tomei um belo gancho, e pra piorar, quando voltei, lá estavam todos (inclusive o BOCA) me aguardando na cantina, só que, desta vez sem "bombas", e para meu alivio, fui brindado com um banho de coca-cola pelo fato de não ter "aberto o bico" e entregado os colegas. Porém, depois disso e até o final de minha curta estada no CULTÃO não soube mais de tal ocorrência; acho que o pessoal sentiu tanto quanto eu que o peso da infantilidade, fora o perigo,  traria prejuízos somente a nós mesmos e a imagem do CULTÃO. "   Zé Carlos 1979/1982