O ano era 1968, o Fusca 1.300 fazia sucesso, os Beatles estavam no auge.
Rita Lee e os Mutantes tinham chocado o publico no festival da Record;
‘Alegria, Alegria’ tocava sem parar nas rádios. Tio Sam imperialista
acabava com seus jovens no Vietnã e a ditadura fazia estragos aqui no pais dos
milagres. Ainda me lembro bem de uma das primeiras aulas de História, quando o
“poderoooso povo romano invadiu a
Península Ibérica”. Óbvio, era o professor Pedrinho com seu inconfundível
estilo, e comecei a perceber que o Culto a Ciência seria, na vida de um garoto
de onze anos, marca indelével de aprendizado, de disciplina, de amizades sólidas
e, principalmente, de discernimento dos fatos que aconteciam no mundo todo,
inclusive um movimento estudantil reprimido com violência. Situados no tempo,
devo lembrar de alguns mestres inesquecíveis, incomparáveis, de rara competência
e didática como Auzenda Fratini, Calazans, Lícia, Ancila, Eclair, Juca e
muitos outros que sempre transmitiram o melhor de seu conhecimento. Na memória,
tenho inclusive registradas até as marcas dos carros dos professores. E quem não
se lembra do Chevrolet do Bentão e da DKW da Auzenda? Ligado ainda a tantas
recordações deste período, sou obrigado a falar dos colegas, alguns com
fortes laços de amizade hoje, mas principalmente das colegas, que na época
faziam o maior sucesso e transformavam os intervalos e as aulas de Educação Física
em verdadeiros deleites para os garotos adolescentes. E peço licença para, com
todo respeito, lembrar dessas moças que infernizavam os meus sonhos aos 13 ou
14 anos, como a
Rachel
Castro Ferraz, Bia Barros, Juliana Omatti,
Claudia Munch, Marcia Rodrigues, Aninha Franklin, Gisela, Marcinha, Cristina e
outras que, tomara estes anos todos decorridos, continuem causando as mesmas reações.
Carlos Alberto Benfatti -- turma1968-1974