Não foi o Ivan Ramos que pediu para ir ao banheiro (não sei fazer o quê), depois de ter, fortuitamente, sem querer, mesmo, visto os seios de uma belíssima professora de Geografia, admirada por onze entre dez alunos. Não fui eu, mas eu sei quem despejou um copo de água na saia, quase transparente, da professora Amarilis. Aí é que a saia ficou transparente pra valer. Não foi a Maria Cecília Bello Piccoli que quebrou os óculos escuros e de lente de náilon (última moda, então) do professor José Alexandre dos Santos Ribeiro. Quem quiser saber como ela fez isso pergunte a ela ou ao professor. Eu não tenho coragem de contar. Mas fã é fã, sabem como é... Não foi o Luís Antônio Arantes Bastos que pediu ao professor Calazans para ir ao banheiro e, assim que o mestre-silêncio deixou, voltou até à carteira, pegou um jornal e saiu da classe (foi o único dia em que aquele professor sorriu na sala de aula). Também não foi a dona Maria de Lourdes que, enfurecida com o aluno Carlos Pinto, chamou seo Lauro (saudoso e querido inspetor de alunos) e ordenou: “Seo Lauro! Ponha o Pinto pra fora!” Coitado do seo Lauro... Não foi o Antônio Carlos Lopes Stecca que sujou a parede externa do banheiro com... com... com..., revoltado com uma suspensão. Na caderneta, doutor Telêmaco escreveu: “Suspenso três dias por depredar a escola.”. E o Stecca esbravejava: “Mas eu não joguei pedra em ninguém!” Moacyr Castro -- turma 61/ 67