É sempre muito gostoso relembrar passagens da nossa vida, não tão distantes, mas que marcaram para sempre. Como não lembrar daquelas musas inspiradoras que povoavam as mentes de nós, adolescentes da época: Bia Barros, Jane, Juliana Omati, Cristina Silvestre, Cristina Saldini, Maria Luiza (Mila), Rachel , Marta Kerr... (Perdoem-me as demais, mas eram tantas e tão bonitas!!!). Gostaria, porém, de lembrar, neste momento de confraternização, de alguém que nos deixou há pouco tempo, e que sempre nos foi muito querido. Trata-se do Herrera, nosso amigo da cantina do colégio, dono do melhor hambúrguer feito na hora, e sempre com uma piada nova. Mesmo bem depois de nossa saída do colégio, continuamos o convívio com esse amigo. Tínhamos bastante coisas em comum, somos ponte-pretanos de coração etc... Herrera foi para mim um exemplo de como alguém de bem com a vida pode, se não vencer, atenuar os dramas de uma doença que ainda nos dias de hoje causa tanto mal. Brincalhão como sempre, mesmo depois da doença bastante avançada, ele dizia que o bom era ter câncer no Brasil, pois o médico tinha dado a ele seis meses de vida e já haviam se passado cinco anos! Foi com esse espírito, a amizade dos amigos (não passava uma semana sem que ele e o Mané não trocavam um telefonema para contar uma piada nova), e principalmente o amor encontrado por ele em uma pessoa muito especial que lhe acompanhou até os últimos dias, que ele resistiu a uma forma muito agressiva desta doença. Eu não poderia deixar passar esta oportunidade de prestar esta pequena mas sincera homenagem a alguém que dividiu conosco os melhores anos de nossas vidas. Esteja onde estiver, com certeza, ele estará conosco. Um beijão irmão! Nistinha e Mané