Vocês devem se lembrar da nossa grande mestra Margot Proença (mãe da Maitê Proença). Acho que seria muito bom fazer uma homenagem àquela que nos ensinou Filosofia. Ela seria nossa paraninfa, mas foi assassinada no dia 7 de novembro de 1970, e não conseguimos nem fazer sua prova final. Não me esqueço de uma sexta-feira em que ela deveria dar a última aula para nossa classe (3º Clássico) e ninguém estava com vontade de ouvir sobre Sócrates, Platão, naquele dia. Então, pedimos à ela que não desse aula para conversarmos sobre o final de semana que se aproximava. Ela ficou triste, porque havia preparado uma aula importante, mas prontamente cedeu ao nosso pedido. Começou a conversar sobre diversos assuntos e com muito tato, esperteza e talento que lhe eram peculiares, associou o assunto ao tema da aula e conseguiu transmitir todo o conteúdo preparado. Isto era ser mestra, um exemplo de sabedoria e conhecimento. Não só nós a perdemos, mas todos aqueles que poderiam ter aprendido muito com ela. Como sou professora hoje, não consigo me esquecer das suas estratégias de ensino. Que tal homenagear aquela que foi Secretária da Cultura de Campinas? Um abraço saudoso. Vilma Lení Nista-Piccolo