Ao ler as várias histórias nos casos e causos, se instala em mim um
certo espírito de saudade gostosa, por ter podido compartilhar de maneira
desprendida alguns destes momentos com a “Turma do Culto”. Lembrei-me de um
time nosso de vôlei, acho que de 1969, composto dos seguintes (não me lembro
de todos) elementos: Cheda, Conagin, Luiz Renato, Marcos Turatti, Silvestre,
Stucchi e uma arma secreta. Acontece que o nosso técnico era o Mossa, o pai da
Vera Mossa. Sua fama era de durão, não dava moleza, usava técnicas
semelhantes às da seleção do Japão (grande força do vôlei da época). Como
educador, tinha por princípio que “importante é competir”, desde que
“vencêssemos”. Perder significava... flexões e abdominais (não venha
desmentir, não, heim ‘Mó’). Pouco antes do campeonato estadual, um atleta
comum e dedicado do nosso time quebrou o braço direito. Para nosso técnico,
este não seria um problema, afinal, o rapaz tinha o braço esquerdo. Dito e
feito: ele passou a treinar conosco, após dez dias de imobilização, ainda com
gesso mas, jogando, entenda-se cortando, somente com o braço esquerdo. Ganhamos
praticamente tudo naquele ano. E nossa arma secreta, já sem o gesso, batia com
as duas mãos. Era bola para os levantadores, dois naquele tempo, que apenas
levantavam para que o nosso arma secreta, o Meco, cortasse com a mão direita ou
esquerda... Sempre sem nenhum bloqueio adversário. Valeu. A todos daquele time,
um enorme abraço. Perdão pelos nomes de que já não me lembro... Renato S. B. Stucchi