Certa vez, deve ter sido em 1952, estávamos na “prainha” (Lembram? Onde pegávamos o Bonde 9 no Largo da Catedral, em frente à Loja Anauate), vários alunos, quando passou de carro (Citroën) o temível doutor Telêmaco. Um dos alunos gritou: “Popof!” Ele parou o carro e olhou ferozmente para todos nós e foi embora. Quando chegamos ao colégio, fomos sendo chamados na classe, um a um, exatamente aqueles que momentos antes estavam na “prainha”, para comparecer à sala de dona Celina. Lá, “Popof “ parecia um touro numa arena, querendo pegar o primeiro que pudesse esganar. Fomos todos inquiridos para identificar o autor daquele grito e todos foram negando na frente dos outros. Fui o último e também neguei. Conclusão de Celina e Telêmaco diante dos alunos: se todos negavam e eu era o último, só podia ser eu mesmo o culpado. Cheguei a pedir que me pusessem no começo da fila e me deixassem negar primeiro, mas foi em vão. Quando iam dispensar os outros e eu devendo ficar, o Guilherme F. Nogueira assumiu a culpa, me livrando do castigo imerecido. “Popof” (que Deus o tenha) estava tão nervoso que disse que não aceitava um apelido desses e diziam que, quando fosse pai, iria nascer um “popofinho”. O castigo foi severo: para não ser excluído do colégio, Guilherme teve de pedir transferência para o noturno... Julio Cardella – turma – 49-56.