Tecnicamente

Tecnicamente, sou da turma de 75, embora não tenha cursado os últimos três anos por ter viajado para Israel. Os Rubinsky eram presença maciça no colégio. Hoje, moro em Nova York; três irmãs - Fany, Neide e Lilian - morando em Israel; minha mãe - Zilda Kaplan Rubinsky e irmão - Ismael Rubinsky morando em Campinas. Samuel Rubinsky, meu pai, falecido em 94, sempre presente em nossos pensamentos, e, tenho certeza, no pensamento das pessoas que o conheceram. Eu me lembro de acompanhá-lo às aulas de Física que ele dava no noturno. Eu adorava acompanhá-lo. Para uma menina de oito anos, o respeito e silêncio que meu pai exigia nas aulas era um sinal máximo de competência e capacidade. Suas provas eram conhecidamente muito difíceis! Mais do que tudo ele ensinava a pensar. Minha mãe - Zilda Rubinsky - foi professora de Latim/Português durante vários anos no Culto à Ciência. Coitadas das minhas irmãs Fany e Neide quando foram suas alunas. Sofreram mais do que todo mundo... (Minha mãe tinha receio de ser favoritista com relação a suas filhas). Lembro-me daquelas cadernetas compridas que minha mãe tirava da bolsa, corrigindo provas e fazendo continhas de cada sabatina ou chamada, para tentar melhorar a média de alunos... Ela era temida, mas amada por seus alunos. Lembro-me dos trotes por telefone em casa, das brigas com o Telêmaco, e da luta por manter o colégio autônomo. Acompanhei de Nova York a festa do Colégio e morri de tristeza não ter podido estar presente. Sônia Rubinsky